Em números: neste ano, as duas companhias devem concentrar 48,4% das publicidades digitais nos EUA, na quinta queda consecutiva do duopólio desde o pico de 2017, quando somava 54,7% do mercado.
Em todo o mundo, a participação da Meta e da Alphabet caiu 1 ponto percentual, para 49,5% em 2022, em um mercado que movimenta cerca de US$ 300 bilhões ao ano.
O que explica: apesar da queda em 2022 e a prevista para 2023 ter relação com as anunciantes reduzindo gastos, as duas companhias são cada vez mais ameaçadas por novatas nesse segmento.
O caso da Meta chama mais atenção, porque a companhia diz ter perdido mais de US$ 10 bilhões em receitas desde que a Apple atualizou suas políticas de privacidade, no ano passado. As novas regras dificultaram o rastreamento de usuários e a publicidade direcionada.
As principais ameaças: A Amazon e a Apple querem aproveitar seus extensos dados sobre perfil de consumo dos clientes para atrair os anunciantes.
Apesar de ter participação ainda pequena nas publicidades digitais, o crescimento ano a ano impressiona. A varejista saiu de menos de US$ 1 bilhão em 2015 para cerca de US$ 38 bilhões este ano.
A Apple viu suas receitas publicitárias cresceram de US$ 2,2 bilhões em 2018 para mais de US$ 7 bilhões este ano. Algumas estimativas sugerem que pode atingir US$ 30 bilhões até 2026.