Lá fora, dados mostram que a economia americana está mais forte que o esperado. Com isso, os juros devem demorar mais a cair, e os títulos do Tesouro dos EUA irão entregar um retorno maior aos investidores por mais tempo.
As tensões políticas têm peso menor na cotação, mas contribuem com o aumento da aversão a risco entre investidores.
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Aqui, a mudança da meta fiscal de 2025 de um superávit de 0,25% para déficit zero deixa clara a dificuldade do governo de fazer um ajuste fiscal e de estabilizar o crescimento da dívida pública (agora prevista só para depois de 2027).
Na segunda, o dólar chegou a atingir a máxima do dia após a notícia de que o governo revisaria a meta.
↳ Para o ministro Fernando Haddad (Fazenda), "dois terços" da alta do dólar são de responsabilidade do que acontece no exterior.
“Está havendo uma reprecificação de ativos no mundo inteiro. Hoje, por exemplo, o peso mexicano está sofrendo mais do que o real brasileiro. Indonésia também", disse a jornalistas em Washington (EUA).
Desde a última quarta, porém, o real é a moeda que mais se desvaloriza ante o dólar na comparação com as principais divisas.
Questionado se o terço restante poderia ser atribuído à revisão da meta fiscal, o ministro disse que acredita que "precisamos explicar melhor" o que vai acontecer com as contas públicas brasileiras.
Haddad caracterizou o momento atual como uma "turbulência semanal".
Foi também nesta semana que o BC divulgou que analistas do mercado elevaram a previsão da Selic pela primeira vez desde o fim de 2023. Agora, a expectativa mediana para a taxa no fim deste ano é de 9,13%, antes os 9% dos levantamentos anteriores.