O presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), discursou hoje na COP 27, no Egito. Durante sua fala, o petista propôs uma aliança global para combater a fome no mundo. Ele também cobrou dos países ricos o cumprimento da promessa de envio de recursos para enfrentamento dos efeitos das mudanças climáticas nos países mais pobres.
Esta é a primeira viagem de Lula ao exterior desde a vitória nas eleições de 2022 contra o presidente Jair Bolsonaro, que não viajou para o evento.
No discurso, Lula:
• criticou gastos de trilhões de dólares em guerras, enquanto 900 milhões passam fome; • cobrou países ricos pelo cumprimento dos acordos climáticos e pelo financiamento de ações ambientais em países pobres; • sem citar Bolsonaro, criticou o governo atual pela devastação do meio ambiente; • pediu a inclusão de mais países no Conselho de Segurança da ONU e o fim do privilégio de veto; • prometeu esforços para zerar o desmatamento até 2030 e punir garimpo, mineração, extração de madeira e agropecuária indevida; • anunciou a criação do Ministério dos Povos Originários; • propôs uma Aliança Mundial pela Segurança Alimentar, pelo fim da fome e pela redução das desigualdades; • ofereceu o Brasil como sede da COP 30, em 2025, em algum estado amazônico; • afirmou que o agronegócio será aliado estratégico na busca por agricultura sustentável; • propôs a criação da Cúpula dos Países Membros do Tratado de Cooperação Amazônica, com Brasil, Bolívia, Colômbia, Equador, Guiana, Peru, Suriname e Venezuela.
Lula também aproveitou a ocasião para dizer que o Brasil estará aberto à cooperação internacional na luta para frear o desmatamento, tanto financeiramente quanto no campo de pesquisa. Veja aqui o discurso de Lula na íntegra.