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24/01/2024 às 08h10min - Atualizada em 24/01/2024 às 08h10min

Tudo a Ler | Os modernos biografados

Folha de São Paulo
Bom dia, leitores e leitoras,
Na onda das biografias de brasileiros, que finalmente vêm se firmando como um filão editorial por aqui, chega agora uma publicação dedicada ao arquiteto, urbanista e designer Lucio Costa. O livro “Lucio Costa, Designer” (Monolito, R$ 72, 79 págs.), de Fernando Serapião e Baba Vacaro, retoma a vida e a carreira do brasileiro nascido na França até os anos 1960.

Revisitando o impacto de sua visita a Diamantina para sua visão das arquiteturas colonial e moderna e seu projeto para o Museu das Missões, em São Miguel das Missões, no Rio Grande do Sul, o volume encerra com o desenho da cadeira Poltroninha, que voltará a ser comercializada.

O que começou como um projeto de cadeira para a casa da filha de Costa ganhou envergadura com o convite de Sergio Rodrigues para criar a peça na Oca, sua loja no Rio de Janeiro, como conta a repórter Alessandra Monterastelli em texto sobre o livro.

E é justamente Rodrigues o tema de outra biografia. “Sergio Rodrigues em Brasília 1956-1981” (org. Marcelo Mari, Olhares, R$ 120, 196 págs.) se dedica ao papel de um dos pioneiros do móvel moderno brasileiro em definir os interiores de prédios emblemáticos da capital federal, cujo Plano Piloto foi criado por Costa. O livro reúne nove textos de diferentes autores e uma seleção de fotos históricas. 

Sem querelas entre antigos e modernos, desejo a todos uma semana de leituras e descobertas.

Até a próxima,
ÚRSULA PASSOS
Jornalista, é mestre em filosofia pela USP e em estudos de gênero pela Universidade Toulouse Jean Jaurès.
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Poltroninha projetada por Lucio Costa
acabou de chegar
“Uma Outra Ciência É Possível: Manifesto por uma Desaceleração das Ciências”  (trad. Fernando Silva e Silva, Bazar do Tempo, R$ 74, 216 págs.), de Isabelle Stengers, professora emérita de filosofia da Universidade Livre de Bruxelas, propõe colocar a ciência no centro da “inteligência pública”, encorajando o desenvolvimento de um ambiente de “amadores”, capazes de discutir os rumos e a relevância da investigação científica para além do mundo acadêmico. A filósofa da ciência estudou com o ganhador do Prêmio Nobel de Química Ilya Prigogine, com quem escreveu seu primeiro livro em 1979, questionando a autoridade da ciência.  Stengers conversou com a jornalista Ana Bottallo.

“Pantanal - Origens de um Paraíso” (Capivara, R$ 100, 240 págs.) revisita a história milenar dos povos que viveram na região e reconstitui cinco expedições naturalistas, ocorridas entre 1750 e 1850, que foram essenciais para os estudos sobre o território. Escrito por Maria de Fátima Costa e Pablo Diener, historiadores e professores aposentados da Universidade Federal de Mato Grosso, o livro traz a descrição das características das antigas ocupações de grupos que habitavam a bacia do Alto Rio Paraguai há pelo menos 8.000 anos.  Em entrevista ao repórter Naief Haddad, os autores falam sobre como a ideia de um Pantanal como deserto de águas não encontra respaldo na história.  

“A Segunda Mãe” (Todavia, R$ 69,90, 176 págs., R$ 44,90 ebook) é o romance de estreia da paulista Karin Hueck e acompanha a vida do casal Lena e Andrea, que têm juntas uma filha, num futuro não muito distante, mas distópico. A repórter Anna Virginia Balloussier conversou com a autora, que contou como a ideia do livro surgiu da leitura de Margaret Atwood. 
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A filósofa da ciência Isabelle Stengers
do acervo
No dia 6 de setembro de 1964, uma pequena nota da capa do suplemento Vida Social e Ilustrada do jornal trazia o título “Reabilitado, Kafka é assunto”. Tratava da reabilitação de Kafka pelos “comunistas dos países orientais” e à nova “caça a tudo quanto diz respeito ao escritor” na Tchecoslováquia.

A nota trazia menção a uma entrevista publicada na revista Plamen, de Praga, com uma mulher, então octogenária, que havia trabalhado na casa dos Kafka no começo do século e descreve o escritor como um “jovem alto, magro e muito sério”.

No site da Rádio Praga Internacional podemos entender que Plamen era a revista mensal da União dos Escritores, que, em 1963, teve um papel importante para a Primavera de Praga e para a reabilitação de Kafka. 
e mais
O Painel das Letras avisa que a editora Dublinense passará a publicar seus livros a cada trimestre, por levas que seguem as estações do ano. E na primeira leva, a do outono, há "Boulder", aguardado romance da catalã Eva Baltasar, finalista do International Booker Prize, sobre uma mulher que trabalha como cozinheira num navio até conhecer e se apaixonar por uma outra mulher e embarcar numa aventura outra, a maternidade. 

escritora Marina Colasanti e o ilustrador Nelson Cruz foram anunciados na semana passada como finalistas, pelo conjunto de suas obras, do prêmio Hans Christian Andersen, um dos mais importantes do mundo da literatura infantojuvenil.

Após ganhar o Prêmio Akutagawa para a melhor obra de ficção de um novo escritor, na semana passada, a autora japonesa Rie Kudan admitiu que teve ajuda do ChatGPT, responsável por cerca de 5% do livro "Tokyo-to Dojo-To" (a torre da compaixão de Tóquio). 
em roda
Clube de Leitura Folha, coordenado pela jornalista Gabriela Mayer, volta das férias no dia 29 de janeiro, próxima segunda, às 20h, para discutir “Mikaia” (Record), de Taiane Santi Martins. As reuniões acontecem toda última segunda-feira do mês, neste link ou na reunião 889 2377 1003.
além dos livros
“Meninas Malvadas”, sucesso dos cinemas do começo dos anos 2000 que está de volta em nova versão musical, é inspirado em "Meninas Malvadas: Como Ajudar sua Filha a Lidar com Panelinhas, Fofocas, Namorados e Novas Realidades do Mundo das Garotas" (BestSeller), da americana Rosalind Wiseman. Vinte anos depois do sucesso do livro, a autora dedica boa parte de seu tempo a problemas de adultos no trabalho, como conta ela em entrevista

No dia 25, aniversário de São Paulo, a Experiência Cultural Nômade propõe, no Edifício Itália, no centro da cidade, uma noite com visita a uma exposição, um jantar e a peça “Gertrude Stein Recebe Mário de Andrade”, que imagina um encontro do modernismo paulista com a efervescência parisiense dos anos 1920.

O podcast Ilustríssima Conversa recebeu o psicanalista Christian Dunker, que lançou em dezembro "Ciência Pouca É Bobagem: Por Que a Psicanálise Não É Pseudociência" (Ubu), escrito com Gilson Iannini, do Departamento de Psicologia da Universidade Federal de Minas Gerais.

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