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09/01/2024 às 09h45min - Atualizada em 09/01/2024 às 09h45min

‘Sem perdão’ é o recado dos Poderes a golpistas

MEIO

O perdão aos golpistas que atacaram às sedes dos Três Poderes há um ano soaria como impunidade. A afirmação é do presidente Lula, que participou ontem do evento Democracia Inabalada, no Congresso, marcando o primeiro aniversário do 8 de Janeiro com a presença de quase 500 convidados, incluindo os presidentes do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso, e do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Alexandre de Moares, além dos comandantes das Forças Armadas. “Não há perdão para quem atenta contra democracia e contra seu próprio povo. O perdão soaria como impunidade”, disse Lula, que elogiou a reação das instituições e do próprio povo ao ataque aos Poderes. Na mesma linha, Moraes disse que não se pode confundir “paz e união com impunidade” e não haverá “apaziguamento”. Segundo o ministro, “todos aqueles que pactuaram covardemente com a quebra da democracia e um regime de exceção serão devidamente investigados, processos e responsabilizados na medida de suas culpabilidades”. Ele também defendeu a regulamentação das redes sociais para evitar manipulações políticas. Barroso, em cerimônia no STF antes do evento do Congresso, lembrou que o 8 de Janeiro não foi um ato isolado, tendo sido precedido por anos de ataques às instituições e seus integrantes. Já Pacheco disse que os Poderes “permanecem vigilantes contra os traidores da pátria” e anunciou que as grades do entorno do Congresso, instaladas dias antes dos ataques, serão retiradas. (g1)

A presença dos comandantes militares, comemorada por setores do governo, como o vice Geraldo Alckmin, atendeu a um pedido do ministro da Defesa, José Múcio, para enfatizar o compromisso da caserna com a democracia. Os chefes do Exército, da Marinha e da FAB aplaudiram de pé o discurso de Lula, mas mantiveram silêncio durante todo o evento. Havia um pacto que, se alguém tivesse de falar, seria Múcio. (Estadão)

Se no dia seguinte aos ataques Lula conseguiu reunir todos os governadores no Planalto com ministros de Estado e do Supremo, desta vez membros da oposição não participaram, assim como governadores alinhados ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Romeu Zema (Novo), de Minas, havia confirmado presença, mas recuou devido a pressões de aliados, alegando que o evento havia se tornado político. O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), foi outro que ficou de fora, alegando problemas de saúde na família. O entorno do ex-presidente procurou minimizar o ataque à democracia, com o presidente do PL, Valdemar Costa Neto, condenando “quebradeiras e invasões”, mas questionando a legitimidade de Alexandre de Moraes para julgá-los. Já a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro homenageou Cleriston Pereira da Cunha, réu dos ataques que morreu no dia 20 de novembro na Papuda. (Folha)

Antes da decisão de não participar da solenidade, Lira se reuniu com Bolsonaro, conta Natália Portinari. Na virada do ano, o ex-presidente se hospedou em um hotel de Gilson Machado, ex-ministro do Turismo. Lira, que tem uma casa em Barra de São Miguel, cujo prefeito, Benedito Lira, é seu pai, recebeu Bolsonaro na quinta-feira. O deputado afirmou, por meio de sua assessoria, que o recebeu na qualidade de ex-chefe do Executivo. (UOL)

Uma mulher, que não teve o nome divulgado, foi presa na área externa do STF após agredir e desacatar policiais judiciários e ameaçar atacar o prédio com antraz, uma bactéria letal já usada em atendados. No carro dela, agentes encontraram uma máquina portátil de eletrochoques e um frasco de spray de pimenta. Fora esse caso, não foram registrados incidentes. (UOL)

Malu Gaspar: “Embora não tenham mencionado diretamente Jair Bolsonaro em seus discursos, tanto Lula como Moraes procuraram deixar claro em suas falas que não desistiram de responsabilizar o ex-presidente da República por seu envolvimento nos atos golpistas. Afinal, um ano depois, continuam sem resposta as questões mais importantes: quem planejou, quem pagou e quem coordenou a estratégia que levou à invasão das sedes dos Três Poderes.” (Globo)

Meio em vídeo. Pois é. Há um ano houve uma tentativa de golpe de Estado no Brasil. Um golpe é um movimento que, usando a força, busca derrubar o regime constitucional para botar outra ordem institucional no lugar. Foi isto o 8 de Janeiro de 2023. Algumas milhares de pessoas se insurgiram contra o Estado brasileiro. Atacaram, especificamente, as sedes dos três poderes. Queriam, daquele ato, um único resultado: que a eleição fosse revertida. Que o presidente mudasse. Golpe, reafirma Pedro Doria no Ponto de Partida. (YouTube)

 

A Polícia Federal deflagrou na manhã de ontem mais uma fase da Operação Lesa Pátria, tendo como alvo suspeitos de financiar a tentativa de golpe de Estado acontecida um ano atrás. Foram emitidos pelo STF 47 mandados de busca e apreensão e um de prisão em 11 estados e no Distrito Federal. Os estados com o maior número de mandados são Rio Grande do Sul, com 13, e Mato Grosso, com dez, mas o STF e a PF não divulgaram os nomes dos alvos da operação. (Metrópoles)

Pesquisa AtlasIntel divulgada ontem indica que a maioria dos brasileiros considera Bolsonaro responsável pelos atos golpistas e avalia que ele deveria ser punido pela Justiça. Segundo o levantamento, 52% responsabilizam o ex-presidente frente a 44% que não atribuem responsabilidade a ele. O índice é similar quando os entrevistados são questionados se ele deveria sofrer alguma punição legal: 52,8% responderam que sim e 43,3%, que não. (Estadão)


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