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27/06/2023 às 09h09min - Atualizada em 27/06/2023 às 09h09min

Contas externas têm superávit de US$ 649 mi em maio, melhor resultado para o mês desde 2021, diz BC

Número de maio foi impulsionado pelo forte resultado do comércio exterior, com saldo positivo recorde da balança comercial

Samantha Kleinda CNN

Brasília

As contas externas brasileiras registraram superávit de US$ 649 milhões em maio, invertendo o déficit de US$ 4,6 bilhões do mesmo mês do ano passado. O resultado é o melhor para meses de maio desde 2021, quando o saldo foi positivo em US$ 1,995 bilhão.

Os dados são do balanço de pagamentos, divulgado nesta segunda-feira pelo Banco Central, em seu relatório mensal do setor externo.

Nos doze meses encerrados em maio, porém, o déficit das transações correntes acumula US$ 48,5 bilhões, ou 2,45% do PIB, ante US$ 53,8 bilhões (2,73% do PIB) no mês anterior e US$ 51,2 bilhões (2,89% do PIB) em maio de 2022.

No mês passado, a balança comercial contribuiu positivamente para o superávit das transações. Em maio, o setor externo registrou o maior superávit comercial da série histórica, US$ 9,7 bilhões, ante saldo positivo de US$ 3,4 bilhões no mesmo mês de 2022.

As exportações também foram recorde, somando US$ 33,3 bilhões, incremento de 11,2% na comparação interanual. Já as importações de bens diminuíram 11,3% na mesma base de comparação, totalizando US$ 23,6 bilhões.

Ainda na comparação interanual, o déficit em renda primária aumentou US$ 1,1 bilhão; o déficit em serviços reduziu US$290 milhões; e o superávit em renda secundária recuou US$ 309 milhões.

 

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O déficit na conta de serviços totalizou US$ 3,1 bilhões em maio de 2023, inferior ao déficit de US$ 3,4 bilhões observado em maio de 2022.

A conta de transportes registrou despesas líquidas de US$ 1,2 bilhão, recuo de 35% comparativamente a maio de 2022, influenciada por menores gastos em fretes.

As despesas líquidas na rubrica de viagens internacionais reduziram 11,7% e somaram US$ 634 milhões, com aumentos de 51,8% (para US$ 567 milhões) nas receitas e de 10% nas despesas (para US$ 1,2 bilhão). As despesas líquidas com aluguel de equipamentos somaram US$ 618 milhões, estáveis em comparação a maio de 2022.

O déficit em renda primária somou US$ 6 bilhões em maio de 2023, incremento de 21,3% comparativamente ao déficit de US$ 4,9 bilhões em maio de 2022.

As despesas líquidas de lucros e dividendos, associadas aos investimentos direto e em carteira, totalizaram US$ 4,6 bilhões, ante US$ 4,2 bilhões em maio de 2022.

Esse aumento nas despesas líquidas, segundo nota do Banco Central, é resultado, na comparação interanual, da redução de 26,2% nas receitas de lucros e dividendos, para US$ 1,7 bilhão.

As despesas líquidas com juros somaram US$ 1,4 bilhão em maio de 2023, US$ 681 milhões superiores ao resultado de maio de 2022, influenciadas por maiores despesas brutas em operações intercompanhia e em outros investimentos.

Os investimentos diretos no país (IDP) somaram US$ 5,4 bilhões líquidos em maio, aumento de quase 40% em relação ao mês anterior. Em abril, foram registrados US$ 3,312 bilhões.

Para termos de comparação, no mesmo mês de 2022, ingressaram US$ 4 bilhões no Brasil em investimentos diretos.

No mês, houve ingressos líquidos de US$ 4,9 bilhões em participação no capital e de US$ 438 milhões em operações intercompanhias.

Os investimentos acumulados no período de 12 meses totalizam US$ 83,4 bilhões, o equivalente a 4,21% do produto interno bruto (PIB) em maio. Em abril, o acumulado era de US$ 82 bilhões (4,16% do PIB).

Já os investimentos em carteira no mercado doméstico totalizaram saídas líquidas de US$ 4 bilhões em maio deste ano, sendo US$ 1,8 bilhão em ações e fundos de investimento e US$ 2,2 bilhões em títulos de dívida.

Nos 12 meses encerrados em maio, os investimentos em carteira no mercado doméstico somaram ingressos líquidos de US$ 9,8 bilhões.

Com isso, as reservas internacionais chegaram s US$ 343,5 bilhões em maio de 2023, recuo de US$ 2,2 bilhões em relação ao mês anterior. A redução decorreu, principalmente, das contribuições negativas de variações por preços e por paridades, US$ 2 bilhões e US$ 1,9 bilhão, respetivamente.

Contribuindo para elevar o estoque de reservas internacionais, houve retorno líquido de US$ 1 bilhão em operações de linhas com recompra, e receitas de juros que somaram US$ 635 milhões.


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