A paciência do presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Edson Fachin, parece ter chegado ao limite. Ontem, ele deu uma declaração dura, afirmando que “quem trata da eleição são as forças desarmadas”.
A fala veio após nova onda de ameaças feitas pelo presidente Jair Bolsonaro (PL) e a rejeição pelo TSE de sugestões apresentadas pelos militares para mudanças no sistema eleitoral, muitas delas espelhando ideias do chefe do Executivo.
“Além disso, a contribuição (das Forças Armadas) que se pode fazer é de acompanhamento do processo eleitoral”, disse Fachin. “E, portanto, as eleições dizem respeito à população civil que de maneira livre e consciente escolhe seus representantes.” (Folha)
Diante da reação de Fachin, Bolsonaro disse, sem sua live semanal, que “ninguém quer impor nada, ninguém quer atacar as urnas eletrônicas”. O presidente disse não saber de onde o ministro tirou o “fantasma de que as Forças Armadas querem intervir na Justiça Eleitoral”, lembrando que os militares integram a Comissão de Transparência Eleitoral (CTE) a convite do ex-presidente do TSE, ministro Luís Roberto Barroso. (Poder360)