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12/04/2023 às 09h01min - Atualizada em 12/04/2023 às 09h01min

Conflitos no Congresso e no União Brasil ameaçam governabilidade de Lula

Meio

Após muita briga — não necessariamente pacificada — entre Câmara e Senado, o Congresso instalou ontem três comissões mistas para analisar medidas provisórias editadas pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva: a que recria o Minha Casa, Minha Vida, a que reestrutura os ministérios e a que muda as regras do Bolsa Família. As duas primeira já têm relator, mas para a última haverá uma sessão extra para escolhê-lo. Havia uma quarta MP, a que recriava o voto de qualidade do governo no Carf, mas ela será reenviada como projeto de lei com urgência. Previstas na Constituição, as comissões mistas foram suspensas durante a pandemia. Como a tramitação das MPs passou a começar pelo Plenário da Câmara, o presidente dela, Arthur Lira (PP-AL), tornou-se dono da agenda e dos prazos. Ele tentou de todas as formas evitar que o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), reinstituísse as comissões, mas acabou derrotado. (Poder360)

A retomada das comissões mistas não foi tranquila. Os senadores avaliavam que não haveria quórum e denunciaram um boicote por parte dos deputados. Estes chegaram com cerca de uma hora de atraso e negaram a obstrução. Segundo o líder do MDB na Câmara, Isnaldo Bulhões (AL), houve uma reunião das lideranças com Lira que acabou demorando mais que o previsto. (Metrópoles)

 

O presidente Lula está numa sinuca de bico com a crise no União Brasil. O presidente do partido, deputado Luciano Bivar (PE), não abre mão do Ministério do Turismo, hoje ocupado por Daniela Carneiro, que, junto a outros cinco deputados da bancada do Rio, pediu ao TSE autorização para deixar a legenda sem perder o mandato parlamentar. “É importante lembrar que a indicação dela no ministério é do União”, afirma Bivar. Entretanto, Daniela e o marido Waguinho, prefeito de Belford Roxo (RJ), apoiaram ativamente a candidatura de Lula no segundo turno, enquanto o UB ficou neutro. (Globo)

Outro problema é a Bancada Evangélica, que integrou a base de Lula nos governos anteriores. Os parlamentares são contra medidas de igualdade de gênero e raça no SUS e proteção a religiões de matriz africana. Eles alegam que o governo usurpa a função do Legislativo ao baixar portarias sobre esses temas. (Folha)

Vera Magalhães: “Diante desse quadro de total discórdia [no UB], a já frágil governabilidade de Lula fica ainda mais exposta. Nos balanços de cem dias, o presidente e seus ministros palacianos desconversaram quando questionados a respeito da absoluta incerteza quanto aos votos com que o governo pode contar na Câmara e no Senado.” (Globo)

 

Os cem primeiros dias de Lula e os mais de 1.360 restantes passam por uma reconstrução essencial: a de políticas públicas. Para sair do que pode soar abstrato, trata-se de redefinir agendas, recompor os quadros de pessoas capazes de implementá-las e retomar o diálogo político. Um bom exemplo é o Novo Ensino Médio. No Meio Político desta quarta-feira, o cientista político Fernando Abrucio, professor e pesquisador da FGV, especialista também em reformas educacionais, faz a análise do que foi destruído e precisa ser reconstruído e dos instrumentos de Lula nessa tarefa. Seja um assinante premium e receba essa entrevista a partir das 11h!

 

Para 39% dos brasileiros, o governo Lula é ótimo ou bom, segundo pesquisa Ipec divulgada ontem, avaliando os cem primeiros dias da terceira gestão do petista. A atual administração é vista como regular por 30%, enquanto 26% a classificam como ruim ou péssima. Frente ao levantamento anterior, de 19 de março, houve recuo de dois pontos percentuais na aprovação. A reprovação avançou, também dois pontos. Além disso, 48% consideram que o governo fez menos do que se esperava nos cem primeiros dias de mandato, 31% dizem que presidente fez o esperado, 13% consideram que fez mais. Já a maneira de Lula governar foi aprovada por 54%, ante 57% na sondagem anterior, e desaprovada por 37%, frente a 35% em março. Pouco mais da metade dos entrevistados, 52%, confia em Lula (53% antes), mas 44% não confiam (43% em março). O Ipec ouviu dois mil eleitores de 128 municípios entre os dias 1 e 5 de abril. A margem de erro da pesquisa é de dois pontos para cima ou para baixo. (g1)

Enquanto isso... A Presidência da República disse ontem que ainda não foram localizados 83 dos 261 móveis dados como desaparecidos do Palácio da Alvorada no início do ano. O sumiço dos móveis e as más condições do imóvel ao fim do governo Bolsonaro foram as justificativas do governo para o gasto de mais de R$ 200 mil em mobiliário para o presidente Lula e a primeira-dama Janja, incluindo peças em couro italiano. (Globo)


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