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14/03/2023 às 09h32min - Atualizada em 14/03/2023 às 09h32min

Crise bancária nos EUA pode diminuir juro básico no Brasil

Meio

A crise do Silicon Valley Bank (SVB), que quebrou na sexta e está sob intervenção do governo americano, alertou os investidores sobre a possibilidade de mudanças na política monetária dos Estados Unidos e seus reflexos na taxa básica de juros no Brasil. A falência do SVB, acompanhada pelo Signature Bank, que também está sob intervenção federal, atingiu os mercados globais, com os investidores revendo suas previsões de novas altas nos juros. O dia de ontem foi marcado por queda nas taxas negociadas nos mercados americano e brasileiro. Já se avalia a possibilidade de o Fed, o banco central americano, fazer uma pausa no processo de elevação dos juros na reunião marcada para a próxima semana. Os preços dos títulos americanos dispararam ontem, registrando algumas das maiores altas desde a crise de 2008, enquanto o mercado aumentava as apostas de que o Fed manterá os juros inalterados em sua próxima reunião de política monetária para estabilizar o sistema financeiro global. Na semana passada, os mercados se preparavam para mais um aumento de 0,5 ponto percentual. No Brasil, a curva de juros indicava um corte na Selic pelo Copom apenas no fim de junho, mantendo a taxa básica nos atuais 13,75% ao ano nas reuniões do próximo dia 22 e na de 3 de maio. Agora, a expectativa é de antecipação desse corte. (Folha, New York Times e g1)

Em Brasília, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que não vê risco de uma crise sistêmica na economia global devido à quebra dos dois bancos nos EUA e que, mesmo em um cenário mais incerto, o Brasil “tem gordura” para viabilizar uma queda na Selic. Ele avaliou, em evento realizado pelo Globo e Valor na capital, que as tensões com instituições financeiras não devem conter um eventual processo de corte do juro básico no Brasil. (g1)

Para acalmar os americanos, o presidente Joe Biden afirmou que o sistema bancário é seguro e que os depósitos no SVB e no Signature Bank estarão disponíveis quando os correntistas precisarem. Segundo ele, o governo fará tudo o que for possível para que os clientes recuperem todo o seu dinheiro, não limitado ao teto de US$ 250 mil. “Os contribuintes não serão responsáveis pelos prejuízos”, disse. “O dinheiro virá das taxas que os bancos pagam pelo seguro de depósito”, acrescentou Biden, dizendo ainda que pedirá ao Congresso que reforce as regras para que esse tipo de situação seja menos provável. (Washington Post)

Paul Krugman, ganhador do Prêmio Nobel de Economia em 2008, acredita que o caso não deve iniciar uma derrocada do sistema bancário como um todo. Para ele, a “dedicação à inovação global” do SVB tinha alguns negócios reais, mas, em grande parte, era uma forma de marketing, de vender criptomoedas, startups etc. Segundo o economista, a boa notícia é que o FDIC (o fundo garantidor dos EUA) confiscou o SVB. A notícia ruim é que parece provável que haja transbordamento sistêmico suficiente para que os reguladores tenham de intervir em alguns depósitos não segurados. (Valor)

Desde sábado, instituições brasileiras, entre elas Nubank, Inter&Co, PagSeguro e Mercado Livre, dizem não ter exposição ao SVB (Folha)

Meio em vídeo. A quebra do banco do SVB tem a ver com a nossas taxas de juros? Sim. E muito. Pedro Doria explica essa história direitinho no Ponto de Partida. (YouTube)


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