Por e-mail, chefe da Receita tentou 'carteirada' para liberar joias para família Bolsonaro O governo Jair Bolsonaro tentou trazer ao Brasil, de forma irregular, em outubro de 2021, joias avaliadas em R$ 16,5 milhões. A informação foi revelada pelo jornal "O Estado de S. Paulo" e confirmada pela TV Globo. As joias eram presentes do governo da Arábia Saudita para a então primeira-dama, Michelle Bolsonaro. As joias poderiam ter entrado no Brasil sem pagar imposto, desde que fossem declaradas como presente para o Estado brasileiro, mas, neste caso, ficariam com a União, não com Michelle. Veja aqui quem são os envolvidos no caso. Tentativa de 'carteirada' Andreia Sadi publicou hoje, em seu blog no g1, a ordem do então chefe da Receita Federal no Brasil, Julio Cesar Vieira Gomes, para que a Superintendência da Receita em São Paulo passasse por cima de protocolos oficiais. Gomes pedia que a Receita entregasse, para um militar enviado às pressas pelo gabinete pessoal de Bolsonaro, as joias retidas com a comitiva presidencial que voltava da Arábia Saudita em outubro de 2021. Aliados de Bolsonaro disseram ao blog que o então presidente, ao ser alertado pelo chefe da Receita, o auditor Júlio Gomes, de que era preciso resgatar o que ainda estava em Guarulhos, "ficou pilhado" pois, nas palavras de um ex-assessor da cozinha do Planalto, não queria "deixar nada para a gestão Lula'' — o que não faz sentido, já que, se as joias fossem para União (uma das versões apresentadas por bolsonaristas para minimizar o escândalo), seriam patrimônio do Estado e não de um presidente A ou B. Leia aqui o que diz o documento. |