O terremoto que devastou cidades na Síria e na Turquia. A rotina dos presos por envolvimento em atos golpistas em Brasília. As dicas de uma estudante que tirou nota mil na redação do Enem. Como medidas de higiene básica podem evitar amputações de pênis. E os hits do carnaval.
Por aqui, Sarah Resende, jornalista do g1, e esses são alguns destaques da semana.
Tremor devastador
Por mais de um minuto e meio, um terremoto de magnitude 7,8 devastou cidades na Síria e na Turquia. Os mortos já passam de 22 mil, número que a Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que pode chegar a 40 mil.
Este foi o pior e mais mortal terremoto dos últimos 80 anos — superando outro tremor em território turco, em 1999, que teve 17 mil vítimas fatais — e o sétimo mais mortal da história. Milhares de pessoas ainda estão desaparecidas.
Mas, em meio a tanto sofrimento, há sopros de esperança. Mais de 70 países enviaram equipes ou ajuda humanitária à região e imagens de socorristas e voluntários resgatando sobreviventes, muitos deles crianças e bebês, correm o mundo.
Um vídeo mostra quando equipes de resgate encontraram o pequeno refugiado sírio Muhammed Ahmed sob os escombros de um prédio em Hatay, no sul da Turquia. Nas imagens, é possível ver o menino tomando água de uma tampa de garrafa antes de ser retirado dos destroços. Assista aqui.
Um mês após os atos golpistas de 8 de janeiro de 2023, em Brasília, 920 bolsonaristas radicais seguem presos em penitenciárias do Distrito Federal. Outras 19 pessoas foram transferidas para o 19º Batalhão de Polícia Militar, e 459 foram liberadas, mas continuam sendo monitoradas por tornozeleiras eletrônicas.
As mulheres foram detidas na Penitenciária Feminina do DF, conhecida como Colmeia, e os homens foram levados para o Complexo Penitenciário da Papuda, de segurança máxima, conhecido por abrigar alguns dos criminosos mais perigosos e famosos do país. Todos eles dividem a rotina com os demais presos: 4 refeições diárias, duas horas de banho de sol e visitas limitadas.
Ex-aluna da rede pública de São Paulo, Ana Beatriz Machado, de 20 anos, alcançou o feito de tirar a nota máxima (1.000 pontos) na redação do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2022.
Há três anos, desde que se formou, Ana tenta conciliar os estudos com o expediente como assistente administrativa de um hospital:
passa 6 horas por dia no ônibus (3 na ida e 3 na volta), no trajeto entre sua casa e o local de trabalho;
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vai dormir à 0h30 e acorda às 4h40, para dar tempo de assistir às aulas do cursinho on-line e escrever pelo menos um texto por dia.
"Gosto muito de trabalhar, mas é cansativo, e isso atrapalha meu rendimento. Até existem caminhos de transporte público que demorariam menos tempo, mas eu teria de descer em uma avenida perigosa, sozinha. Prefiro fazer o trajeto longo e me sentir segura."
A cada semana, nove homens têm o pênis amputado no Brasil em decorrência de câncer, que poderia ser evitado de forma muito simples: água, sabão e lavagem adequada.
Os dados, obtidos pela Sociedade Brasileira de Urologia (SBU) junto ao Sistema de Informações Hospitalares do SUS (SIH/SUS), do Ministério da Saúde, apontam que:
Foram realizadas no SUS 7.790 amputações do pênis entre 2007 e 2022 (até novembro).
Isso equivale a uma média de 486 procedimentos por ano.
"O Brasil é um dos campeões mundiais na incidência de câncer de pênis, que é facilmente evitável com higiene íntima e tratamento da fimose", afirma Ubirajara Barroso Jr., urologista especialista em reconstrução genital e chefe de cirurgia reconstrutiva de uretra do hospital da Universidade Federal da Bahia.
"A desinformação e a dificuldade de acesso à saúde fazem com que muitos homens tenham o órgão genital amputado e morram por câncer de pênis", conclui o urologista. Leia mais.
Faltando poucos dias para o carnaval, uma música que estava fora do radar despontou nas paradas como forte candidata a hit da folia de 2023. Léo Santana estava investindo em outra aposta, "Não se vá", mas a que pegou mesmo foi "Zona de perigo", que cresceu nas redes e nos shows após o passinho criado pela coreógrafa Edilene Alves viralizar.
"Vem deslizando (vai) / Que eu tô gostando (vem) / Ela me pede (mais)", diz o refrão (muito chiclete, claro) da canção.
O estilo musical sai um pouco do clichê. É um pagodão que une a levada popular da arrochadeira baiana, os tambores da bachata latina e, no refrão, a melodia do R&B americano. Reportagem conta como a música disparou de repente.
Mas não é só "Zona de Perigo" que deve reinar nas ruas do país durante os dias de folia. MC Pipokinha, Anitta, Ana Castela, Glória Groove e outros cantores também têm apostas animadas que cresceram às vésperas da festa. O podcast g1 ouviu lista e explica as 10 músicas que chegam mais fortes na corrida pelo hit da festa no Brasil. Dê o play e ouça aqui.