15/12/2022 às 12h42min - Atualizada em 15/12/2022 às 12h42min
Fernando Haddad minimiza mudança em lei e defende fiscalização adequada de estatais
O futuro ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), deu entrevista hoje ao Estúdio i, da GloboNews, e disse que "todo mundo sabia que o teto de gastos não é sustentável".
• Taxa de juros:"Se a gente trouxer a taxa de juros para um dígito, e isso depende da Fazenda e do Banco Central, não tenho dúvida de que vamos zarpar", afirmou. A taxa está em 13,75% atualmente. • Parcerias Público-Privadas: anunciado como secretário-executivo do futuro ministério, Gabriel Galípolo deve ter o papel de ajudar Haddad a "destravar" as PPPs, assunto que, disse o ministro, "está na ordem do dia". • Conselho de notáveis: Haddad afirmou ainda que gostaria de manter interlocução com economistas como Pérsio Arida, André Lara Resende e Armínio Fraga, em um possível conselho de notáveis. • 'Desmantelamento' da CGU: disse ainda que a Controladoria-Geral da União "passou por um desmantelamento" durante o governo Bolsonaro, e comentou que irá defender o fortalecimento do órgão para combater corrupção. • 'Trem da alegria eleitoral': Haddad declarou que o governo Bolsonaro pediu R$ 20 bilhões para fechar as contas do ano e chamou de "trem da alegria eleitoral" as medidas anunciadas por Bolsonaro nos meses que antecederam as eleições. • Erros do governo Dilma: segundo o futuro ministro, o governo de Dilma Rousseff "achou que a crise da economia não era estrutural". Deu outro exemplo: "Nós cometemos erros de condução de política naquele [governo], no começo da década passada, quando nós passamos a fazer uma política de preços de combustível que prejudicou o etanol". • Mudança na lei das estatais:"Se você tiver controlador, governança corporativa decente... se você escolher um cara da carreira ou um cara de fora vai fazer pouca diferença". Entenda aqui. • Recondução de Campos Neto no BC: perguntado, desconversou se defenderá a recondução de Roberto Campos Neto à frente do Banco Central. Haddad se limitou a dizer que teve um almoço cordial com Campos Neto. O executivo tem mandato até 2024. • Bolsa-Família: o futuro ministro afirmou que o governo Bolsonaro pediu a exclusão de mais de 2 milhões de beneficiários do auxílio.