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21/09/2021 às 09h32min - Atualizada em 21/09/2021 às 09h32min

Empresa chinesa falimentar dispara medo de crise global

Meio
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O mercado financeiro global iniciou a semana em estado de alerta. O medo é de que a incorporadora chinesa Evergrande possa ser a próxima Lehman Brothers, banco americano que quebrou em 2008 e desencadeou uma das maiores crises financeiras da história. A empresa, segunda maior do setor na China, acumula mais de US$ 300 bilhões em dívidas e corre risco de falir se não pagar o valor do acordo até esta quinta-feira. O temor de um possível calote abalou as bolsas de valores nesta segunda — se a companhia falir pode disparar instabilidade econômica e social em todo o mundo. Na Europa, todos os índices fecharam em vermelho, enquanto em Wall Street, nos Estados Unidos, Dow Jones e S&P 500 fecharam em forte queda, com perdas de -1,78% e -1,70%, respectivamente. No Brasil, o Ibovespa desabou 2,33% e atingiu o nível mais baixo do ano, a 108.843,74 pontos. Já o dólar fechou em alta de 0,93%, subindo para R$ 5,33. Enquanto as bolsas de valores permanecem fechadas na China, Japão e Coreia do Sul por conta do feriado, as ações da Evergrande caíram 10% ontem em Hong Kong. Por parte da China, há poucas chances de que exista um plano liderado pelo Estado para resolver a crise. O governo tem imposto novas diretrizes monetárias e reguladoras para frear a especulação imobiliária no país, o que afetou diretamente os negócios da Evergrande. Embora o caso tenha sido comparado à crise de 2008, alguns analistas não veem maiores semelhanças com o episódio. Entenda. (Seu Dinheiro)

Fundada em 1996, a subsidiária do Evergrande Group cresceu vertiginosamente. Com a ascensão, vieram os gigantescos projetos urbanos na China e grandes investimentos por parte da companhia, responsável por mais de 1,3 mil projetos imobiliários em 280 cidades. A empresa também é dona do Guanzhou, maior clube de futebol chinês. Conheça cinco fatos sobre a Evergrande. (CNN Brasil)

Por aqui, uma turbulência no mercado internacional poderia afetar os países emergentes mais vulneráveis ou com problemas fiscais, como é o caso do Brasil. Contudo, o economista e professor da Universidade de Nova York, no campus de Xangai, Rodrigo Zeidan avalia como improvável que a crise transborde as fronteiras chinesas. “Não há como a quebra da Evergrande gerar colapso do sistema financeiro global, por uma razão simples: a China não tem sistema financeiro integrado com o do mundo e o yuan nem é conversível”, explicou. (UOL)

James Kynge, editor global de China no Financial Times: “O governo decidiu fazer da Evergrande um exemplo, a fim de deixar claro para outros incorporadores de imóveis que estava falando sério sobre as ‘três linhas vermelhas’ que decretou no ano passado a fim de reduzir os níveis de dívida no setor e conter o excesso crônico de oferta no segmento de imóveis residenciais.” (Folha)

Entenda a pressão do governo chinês nos setores financeiro, educacional e de tecnologia; e agora, em multinacionais. (Estadão)

Nesta manhã, as ações europeias se recuperaram após o péssimo início de semana. Mas somente com a reabertura do mercado chinês na quarta, após o feriado, será possível ter a dimensão do efeito Evergrande a partir da Ásia. (Investing)


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