O ministro das Relações Exteriores da Ucrânia, Dmytro Kuleba, disse hoje que as nações ocidentais deveriam intensificar o envio de armas para ajudar a conter a Rússia. Pouco depois, o presidente russo, Vladimir Putin, obteve autorização do parlamentopara usar tropas no leste ucraniano, onde reconheceu duas repúblicas separatistas. Putin disse não saber quando exatamente faria uso dessas forças e afirmou: "Eu não disse que nossas tropas irão para lá imediatamente". Mais tarde, nos Estados Unidos, o presidente Joe Biden fez um pronunciamento no qual citou o "início de uma invasão", disse que Putin planeja tomar a Ucrânia e endureceu sançõescontra bancos e a elite russa. Ele deu a entender, no entanto, que deve reservar algumas de suas medidas mais duras para serem usadas caso Putin promova um ataque violento à Ucrânia. Veja outras medidas adotadas por países ocidentais contra a Rússia. O presidente ucraniano, Volodymyr Zelenskiy, convocou reservistas, mas declarou que ainda espera saídas diplomáticas para a crise na região.
Impactos para o Brasil
O governo Bolsonaro fez a aposta diplomática errada ao visitar e prestar solidariedade a Putin em Moscou, na semana passada, em meio à escalada da tensão na Ucrânia. Agora, vai sofrer os efeitos dessa decisão na economia. Essa é a avaliação de assessores presidenciais e diplomatas brasileiros, como relata hoje o blog do Valdo Cruz no g1. O Brasil contava com um cenário de paz, não de risco real de conflito na região. Para piorar, o gesto de Bolsonaro desagradou aos Estados Unidos. Em nota divulgada hoje, o Ministério das Relações Exteriores do Brasil evitou críticas ao presidente russo e defendeu "solução negociada"na Ucrânia. Entenda aqui por que essa crise lá fora tem a ver com a inflação no Brasil. Vale lembrar que os principais produtos que o país importa da Rússia são ligados à agricultura, especialmente fertilizantes.