A greve na AngloGold Ashanti completou ontem o segundo dia e atingiu até mesmo uma das maiores terceirizadas da mineradora, a G3, cujos funcionários não entraram na mina Córrego do Sítio, em São Gonçalo do Rio Acima, Santa Bárbara.
Os trabalhadores permaneceram boa parte do dia nas laterais da estrada de terra, próximo à portaria da mina.
O presidente do Sindicato dos Trabalhadores da Indústria de Extração de Ouro e Metais Preciosos de Santa Bárbara, Elias de Souza, reclamou que a AngloGold chamou a Polícia Militar e colocou seguranças particulares “para forçar os trabalhadores a descerem dos ônibus e irem trabalhar”. “Não vamos sair daqui enquanto a empresa não negociar”, garantiu Elias de Souza.
Procurada pelo Diário, a AngloGold encaminhou nota ontem à tarde afirmando que a greve dos funcionários é ilegal. A mineradora garantiu que “respeita o direito de manifestação de seus empregados e reforça a disposição de manter diálogo com a entidade sindical local”. “A paralisação iniciada na última terça-feira não obedece a requisitos exigidos por lei, sem comunicação antecipa- da no prazo determinado na lei e em meio às negociações em curso”, alegou a empresa.
A AngloGold acrescentou
que “permanece aberta às negociações e confia em uma resolução equilibrada e positiva para todos os envolvidos”.