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11/12/2021 às 08h48min - Atualizada em 11/12/2021 às 08h48min

Cidades históricas de Minas Gerais decidem não fazer carnaval em 2022

Ouro Preto, Diamantina, Mariana e outros 27 municípios não vão promover a folia por causa da pandemia da Covid-19. EM BH, Kalil disse para as pessoas terem juízo quanto ao carnaval, 'nós não somos a Gestapo, não. Nós queremos aconselhar'.

Por Cláudia Mourão, TV Globo
https://g1.globo.com/mg/minas-gerais
Bonecos gigantes prontos para o Carnaval 2011 da cidade histórica de Ouro Preto, em Minas Gerais. — Foto: Luis Cleber/AE

Cidades históricas de Minas não devem ter Carnaval em 2022

Os 30 municípios que fazem parte da Associação das Cidades Históricas de Minas Gerais decidiram, por unanimidade, não promover o carnaval em 2022. Entre eles estão Ouro Preto, Diamantina e Tiradentes, destinos tradicionais da folia no estado.

"O carnaval é uma grande aglomeração e não tem como ficar fiscalizando utilização de máscara, de álcool em gel. Não existe o distanciamento em uma festa de momo, então, isso muito nos preocupa", defendeu o prefeito de Itapecerica e presidente da associação Wirley Rodrigues Reis (Podemos).

O prefeito de Ouro Preto, Ângelo Oswaldo (PV), disse que, para evitar aglomerações, também não vai ter festa de Réveillon na cidade.

"Com a suspensão do carnaval em Belo Horizonte, todas as estâncias turísticas, que estão a volta da capital, as nossas cidades históricas sobretudo, devem suspender o carnaval porque senão a gente vai ficar muito vulneráveis acolhendo toda uma multidão que não encontrará carnaval em Belo Horizonte. Não podemos acolher todo esse fluxo", fala Oswaldo.

A Prefeitura de Ouro Preto se comprometeu a ouvir uma proposta da liga dos blocos estudantis da cidade e, por isso, só vai formalizar sua posição na próxima quarta-feira (15).

Turismo continua

Para muitas cidades, o carnaval pode representar a retomada do fôlego perdido durante pandemia. As que dependem exclusivamente do turismo sentiram bastante os efeitos do longo período sem receber visitantes.

É o caso de Tiradentes, em que 99% das atividades são pensadas para os turistas. Com todo esse tempo de restrições, agora é o momento de recuperação. E mesmo sendo um importante destino para carnaval, o prefeito da cidade acha que a festa no ano que vem não deve acontecer.

"Nós estamos caminhando bem, então não vemos necessidade ainda de, no momento, fazer algum tipo de movimento para que se aglomere para voltar ao que aconteceu no passado. Se Tiradentes faz o carnaval, vai ficar só a cidade de Tiradentes. Então, nós também estamos conversando no sentido de que não haverá carnaval no ano que vem em Tiradentes devido a essa situação que nós ainda estamos preocupados", comenta Nílzio Barbosa (MDB).

No entanto, a Associação das Cidades Histórica disse, em nota, que "a orientação não implica no entendimento de que as cidades deverão estar fechadas aos turistas. Como alternativa, pensando, sobretudo, na importância de garantir a manutenção da atividade econômica, a Associação sugere que os gestores incentivem e promovam eventos ligados às várias modalidades do turismo, sendo elas o turismo cultural, gastronômico, ecológico, de aventura, visando proporcionar, em um formato adequado à realidade atual, a visitação aos variados atrativos de suas cidades".

Veja a lista das cidades históricas que não vão promover o carnaval:

Brumadinho Baependi Barão de Cocais Bom Jesus do Amparo Conceição do Mato Dentro Caeté Catas Altas Cataguases Congonhas Campanha Diamantina Itabira Itabirito Itapecerica Januária Lagoa Santa Mariana Nova Era Ouro Preto Ouro Branco Paracatu Pitangui Prados Santa Bárbara Serro São João del-Rei São Thomé das Letras Sabará Santa Luzia Tiradentes

Belo Horizonte

Em Belo Horizonte, durante visita a uma horta comunitária, o prefeito Alexandre Kalil (PSD) foi mais uma vez questionado sobre o carnaval.

"Nós não somos a Gestapo, não. Nós queremos aconselhar. Vamos aconselhar porque nós vamos ter que amparar todo doente, como amparamos bêbado em carnaval, batida de carro, que aumenta... Então, nós vamos amparar. O pedido é que [as pessoas] tenham juízo. É um pedido. Isso daqui é um estado democrático de direito e cada um faz o que quer".

No dia 30 de novembro, no Morro do Papagaio, na Região Centro-Sul, Kalil disse que a prefeitura não vai liberar dinheiro para a realização de Réveillon, mas que não podia impedir eventos privados.

 


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