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31/08/2021 às 13h44min - Atualizada em 31/08/2021 às 14h00min

Quatro são condenados por fabricação e venda de dinheiro falsificado em Ituiutaba

Os crimes foram descobertos em 2020, quando mais de R$ 500 mil em notas falsas foram apreendidos e laboratório foi fechado. Somadas, penas dos réus passam dos 30 anos de prisão.

G1
https://g1.globo.com/mg/triangulo-mineiro/noticia/2021/08/31/quatro-sao-condenados-por-fabricacao-e-venda-de-dinheiro-falsificado-em-ituiutaba.ghtml

Os crimes foram descobertos em setembro de 2020, quando mais de R$ 500 em notas falsas foram apreendidas e laboratório foi fechado. Somadas, penas dos réus passam dos 30 anos de prisão. Cédulas em laboratório clandestino de dinheiro falso em Ituiutaba, foto do dia 29/09/2020
Polícia Militar/Divulgação
Quatro pessoas envolvidas em um esquema de fabricação e venda de dinheiro falso em Ituiutaba foram condenadas pela Justiça pela prática dos crimes de moeda falsa e associação criminosa. Somadas, as penas de Francismar Gonçalves de Andrade, João Henrique da Silva, David Gonçalves e Igor Guilherme passam dos 30 anos de prisão. Os crimes foram descobertos em setembro de 2020, quando foram apreendidos mais de R$ 500 mil em notas falsificadas.
O G1 entrou em contato com o Ministério Público Federal (MPF), autor da denúncia, para saber mais detalhes da ação penal e, assim, conseguir contatar as defesas dos quatro condenados. Porém, não obteve retorno até a última atualização da reportagem.
Flagrante e buscas
No dia 29 de setembro de 2020, a Polícia Militar (PM) recebeu a informação de que um rapaz estava postando envelopes com células de dinheiro falsas em uma agência dos Correios. Os militares foram até o local e abordaram o réu João Henrique da Silva, que estava com 186 notas falsificadas, totalizando R$ 4.020.
Ao todo, haviam seis envelopes, que seriam enviados para Boa Esperança e Alterosa, em Minas Gerais; Armação dos Búzios (RJ); São Paulo (SP); Estância (SE) e Araucária (PR).
Questionado pela PM, João Henrique confessou que o dinheiro era falso e que as pessoas que iriam receber os envelopes pagaram 25% do valor total. Ele também contou que as negociações foram feitas pela internet.
No mesmo dia, buscas foram feitas na casa do jovem, onde foram localizadas mais 519 notas, totalizando R$ 18.860 em moeda falsa.
Polícia Militar mostra detalhes de laboratório clandestino de dinheiro falso em Ituiutaba
Os policiais também foram até o laboratório de falsificação, onde estava outro réu, David Gonçalves da Silva, e a namorada dele, menor de idade. No imóvel, foram apreendidas 1.366 folhas já impressas com notas de diferentes valores, somando R$ 16.620.
David Gonçalves informou aos policiais que havia sido contratado pelo também denunciado Igor Guilherme Santana da Silva e por uma pessoa identificada apenas como "Romário".
Após apurações, Igor foi localizado. Na casa dele, foram apreendidos outros R$ 2.930 em notas falsas, petrechos para falsificação de moeda, como resíduos de papel foil, tinta reagente a radiação UV, folha de papel com cédulas inacabadas, folhas de papel vegetal com gravuras e desenhos que simulam elementos de segurança de cédulas de R$ 20, R$ 50 e R$ 200; papel amarelado, compatível com pólen, não reagente a UV, com simulação de fibras e fluorescência latente da cédula de R$ 20; impressoras, material gráfico e laminadora/plastificadora.
Em seguida, os policiais foram até Uberlândia, para encontrar Francismar, que já é investigado pela Unidade Piloto de Repressão à Falsificação de moedas da Polícia Federal (PF).
Segundo o MPF, Francismar, que utilizava o codinome Romário Fakes para a prática criminosa, atuava nacionalmente na venda de dinheiro falsificado. Em certa ocasião, a PF identificou envelopes enviados por ele para os estados de Alagoas, Amazonas, Bahia, Ceará, Minas Gerais, Maranhão, Mato Grosso do Sul, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, São Paulo, Sergipe e Paraná.
Dinheiro falso, impressoras e insumos para confeccionar notas falsas foram apreendidos em Ituiutaba, foto do dia 29/09/2020
Polícia Militar/Divulgação
Organização
A acusação apresentada é de que havia uma divisão de tarefa entre os réus. David, João Henrique, Igor e a menor de idade eram responsáveis pela fabricação das cédulas. João Henrique e Francismar postavam o dinheiro nos Correios.
David, Igor e Francismar negociavam as cédulas falsas em grupos de WhatsApp e, por fim, Igor e Francismar exerciam a função de comando da associação criminosa.
Condenação e recurso
De acordo com o MPF, Em juízo, os quatro acusados confessaram a fabricação e venda do dinheiro falsificado, mas negaram que tivessem algum tipo de associação para a prática desse crime.
Os réus foram condenados a primeira instância a tempos diferentes de prisão. Francismar foi condenado a 7 anos, 1 mês e 10 dias, já João Henrique, David e Igor tiveram pena de 4 anos, 6 meses e 20 dias cada.
O MPF recorreu com recurso alegando que “apesar dos diversos elementos de que Igor e Francismar eram os líderes da associação criminosa, a sentença em debate não considerou sua maior culpabilidade para os crimes em questão. (…) As condutas de Igor e Francismar merecem maior reprovabilidade em razão da liderança por eles exercida (...)”.
O recurso ainda será julgado pelo Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF-1).
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Fonte: https://g1.globo.com/mg/triangulo-mineiro/noticia/2021/08/31/quatro-sao-condenados-por-fabricacao-e-venda-de-dinheiro-falsificado-em-ituiutaba.ghtml
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