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12/06/2024 às 07h41min - Atualizada em 12/06/2024 às 07h41min

Leilão de arroz importado; MP do PIS/Cofins; e inflação

Cauê Muraro
g1

Olá, bom dia!

Em dia de derrotas, governo decide anular leilão de arroz importado após suspeitas de irregularidades sobre empresas ganhadoras e vê Pacheco devolver MP do PIS/Cofins diante de reações negativas no Congresso e de setores empresariais.          

E aindainflação fica acima do esperado em maio, com alta nos alimentos e impacto das enchentes no Rio Grande do Sul; e avião pousa perto de jato que decolava em pista na Índia.

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 Por aqui, Cauê Muraro, jornalista do g1, e esses são alguns destaques desta terça-feira até agora.

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Governo anula leilão para compra de arroz importado após suspeita de irregularidade

Após suspeitas de fraude, o governo anulou hoje o leilão para compra de 263 mil toneladas de arroz importado, ocorrido na quinta-feira (6). 

 Os dois principais motivos são
  1. Indícios de incapacidade técnica e financeira por parte de algumas empresas vencedoras do processo. Essas companhias – que não têm histórico de atuação no mercado de cereais – receberiam recursos do governo para importar arroz e entregariam o produto em unidades da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). Entenda aqui.
  2. Participação de um ex-assessor parlamentar do secretário de Política Agrícola, Neri Geller, o advogado Robson Luiz de Almeida França. Ele é dono da Bolsa de Mercadorias de Mato Grosso (BMT) e da Foco Corretora de Grãos, que intermediaram a venda de 44% de arroz no leilão. Geller pediu demissão para evitar uma escalada do caso.
 O que disse o governo
"Pretendemos fazer um novo leilão, [...] para que a gente possa ter as garantias de que vamos contratar empresas que tenham capacidade técnica e financeira [...]. A decisão é anular este leilão e proceder um novo mais ajustado", declarou o presidente da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), Edegar Pretto.

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 Sobre as ganhadoras, destacam-se os seguintes pontos:

  • Três das quatro vencedoras não são do ramo de importação de arroz – segundo analistas de mercado, isso poderia gerar problemas na operação.
  • Uma delas é uma loja de queijos que arrematou R$ 736 milhões no leilão e que alterou, no site da Receita Federal, o seu capital social de R$ 80 mil para R$ 5 milhões dias antes do evento.
  • Por outro lado, nenhuma empresa tradicional do segmento participou do leilão.
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 Sobre a polêmica envolvendo Geller, destacam-se:
  • Por causa dessa ligação entre Geller e França, parlamentares de oposição ao governo e associações de produtores apontaram que houve favorecimento à empresa do ex-assessor. 
  • O ex-assessor nega que tenha tido vantagem indevida no processo.
 Por que o governo decidiu importar arroz:
  • A decisão foi tomada poucos dias depois do início das enchentes no Rio Grande do Sul (responsável por 70% da produção nacional do grão).
  • O plano é evitar alta nos preços do alimento, diante da dificuldade pela qual o estado passava para escoar o produto para o restante do país.
  • A decisão contrariou os produtores. Eles têm afirmado que há arroz suficiente para abastecer o Brasil. 

 

Após reações, Pacheco decide devolver ao governo MP do PIS/Cofins

O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), decidiu hoje devolver a medida provisória que propunha alterações nas regras do PIS/Cofins. A MP foi enviada pelo governo ao Congresso na semana passada e gerou polêmica, porque o texto não tem apoio entre parlamentares e foi criticado por empresários.  Como presidente do Legislativo, Pacheco pode devolver medidas provisórias se considerar que elas não atendem a critérios legais. 

A MP foi elaborada pelo governo para compensar as perdas fiscais com a desoneração da folha de pagamentos dos 17 setores que mais empregam na economia. Como isso significa perda de arrecadação, a equipe econômica buscou uma solução na MP do PIS/Cofins. Com a devolução por Pacheco, o governo terá de buscar um novo meio de compensar a desoneração. 

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Inflação fica acima do esperado com impacto de enchentes no Sul 

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), considerado a inflação oficial do país, mostrou que os preços subiram 0,46% em maio. Os dados foram divulgados hoje pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). 

 A alta nos preços foi puxada, sobretudo, por um avanço no grupo de Alimentação e bebidas, que subiu 0,62% na comparação com abril. O destaque foi para os tubérculos, raízes e legumes — principalmente a batata, que disparou 20,61% em um mês. Outros destaques foram a cebola (alta de 7,94%), o leite longa vida (5,36%) e o café moído (3,42%).

  Segundo o IBGE, as cheias do Rio Grande do Sul já começaram a mostrar seus impactos na economia brasileira, contribuindo para o avanço da inflação. Os impactos do desastre ambiental no estado deverão ser sentidos nos próximos meses em diversas cadeias logísticas — como interrupções na cadeia produtiva, problemas logísticos, estragos no solo e perdas de equipamentos.

 Apesar da aceleração, a inflação continua dentro da meta do Banco Central do Brasil, que é de 3% para 2024, podendo variar entre 1,5% e 4,5%. 

 O resultado veio acima das expectativas do mercado financeiro, que esperava uma alta de 0,42% para a inflação em maio.

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Imagem do dia

g1 publicou hoje uma reportagem sobre um incidente ocorrido no aeroporto de Mumbai, na Índia, no sábado: dois aviões – um em processo de decolagem, e outro, de aterrissagem – chegaram a ficar a apenas 509 metros de distância um do outro na pista. A Direção Geral de Aviação Civil (DGAC) local informou que abriu uma investigação e afastou o controlador envolvido no caso.  No Brasil, a separação mínima padrão entre aeronaves é de 5,55 km.  Veja mais.

 

 

O Assunto 

Episódio #1.232O rumo da União Europeia pós-eleições. Julia Duailibi conversa com Kai Lehmann, professor de relações internacionais da Universidade de São Paulo (USP). Amanhã: o projeto que pode pôr fim às delações premiadas.

 

 

 

 

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