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09/04/2024 às 20h21min - Atualizada em 10/04/2024 às 06h04min

Vício em jogos: Entenda como o cérebro é afetado pelo problema

Vício em jogos é um transtorno tão perigoso quanto outros vícios para a sua qualidade de vida, explica o médico psiquiatra Dr. Flávio H. Nascimento

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© Freepik

Os jogos sempre fizeram parte da sociedade, desde as suas formas mais rudimentares utilizadas há milênios atrás, até os jogos eletrônicos atuais, eles sempre foram uma forma de entretenimento e diversão bastante popular, mas apesar disso, quando usado em excesso os jogos podem se tornar vícios perigosos e afetar a saúde e qualidade de vida de qualquer pessoa.

De acordo com o médico psiquiatra Dr. Flávio H. Nascimento, o vício em jogos é um transtorno e como tal precisa de tratamento especializado.

O vício em jogos é um transtorno marcado pelo uso excessivo e compulsivo de jogos, em especial eletrônicos, que afeta a vida pessoal, social e profissional do indivíduo. Um dos principais motivos para a ocorrência desse vício está relacionado aos efeitos que os jogos têm sobre o cérebro, principalmente quando usados de forma excessiva”.

Quando uma pessoa joga, ocorrem mudanças neuroquímicas no cérebro que podem ser semelhantes às observadas em outros tipos de vícios, como o vício em substâncias químicas. Durante o jogo, o cérebro libera neurotransmissores como dopamina, responsável pela sensação de prazer e recompensa. Com o tempo, o cérebro pode se tornar condicionado a associar os jogos a essas sensações de prazer, levando a um ciclo vicioso de uso compulsivo”, explica.

Como identificar os principais sintomas do vício em jogos?

O vício em jogos precisa ser diagnosticado por um profissional, mas para levar a isso é preciso observar alguns sintomas característicos, como:

- Preocupação excessiva com jogos: O indivíduo pensa constantemente em jogar, planeja quando poderá jogar novamente e prioriza o tempo de jogo em detrimento de outras atividades;

- Perda de controle: O jogador tem dificuldade em controlar o tempo gasto com jogos, mesmo quando tenta reduzir ou interromper o uso;

- Necessidade de aumentar a quantidade de tempo de jogo: O jogador precisa de períodos de jogo cada vez mais longos para alcançar a mesma sensação de satisfação ou prazer;

- Isolamento social: O jogador prefere passar tempo jogando em vez de se envolver em atividades sociais, o que pode levar ao afastamento de amigos e familiares.

- Negligência de responsabilidades: O jogador negligencia obrigações pessoais, profissionais, educacionais, higiênicas ou familiares em favor do jogo;

- Sintomas de abstinência: Quando não pode jogar, o jogador pode experimentar irritabilidade, ansiedade, agitação ou até mesmo depressão.

Como funciona o vício em jogos?

O tratamento para a doença pode variar bastante de acordo com a gravidade e características do próprio paciente, explica Dr. Flávio H. Nascimento.

O tratamento para o vício em jogos geralmente envolve uma abordagem multidisciplinar. A terapia cognitivo-comportamental pode ajudar o indivíduo a identificar e modificar padrões de pensamento e comportamento relacionados ao jogo, mas terapias de grupo e apoio familiar também são eficazes para fornecer suporte emocional”.

Estratégias de gestão do tempo e desenvolvimento de habilidades sociais podem ajudar a reintegrar o indivíduo em atividades saudáveis. Além disso, programas de desintoxicação digital e medicamentos podem ser utilizados em casos mais graves. No entanto, o uso de cada uma dessas técnicas varia de acordo com o grau do vício e com o paciente”, afirma Dr. Flávio H. Nascimento.


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