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28/08/2021 às 13h41min - Atualizada em 28/08/2021 às 14h00min

Estudo da UFSCar Sorocaba analisa substância luminosa de vagalumes em identificação e combate de doenças

Substância extraída do material genético da parte brilhosa dos vagalumes possui enzima que pode ser usada para diversas finalidades, como identificar doenças, como células cancerígenas e coronavírus, indicar metais tóxicos na água e medir o efeito de medicamento no organismo.

G1
https://g1.globo.com/sp/sorocaba-jundiai/noticia/2021/08/28/estudo-da-ufscar-sorocaba-analisa-substancia-luminosa-de-vagalumes-em-identificacao-e-combate-de-doencas.ghtml

Substância extraída do material genético da parte brilhosa dos vagalumes possui enzima que pode ser usada para diversas finalidades, como identificar doenças, como células cancerígenas e coronavírus, indicar metais tóxicos na água e medir o efeito de medicamento no organismo. Estudo da UFSCar analisa propriedades da luz emitida por vagalumes na identificação e no combate de doenças
TV TEM/Reprodução
Pesquisadores do laboratório de biotecnologia e bioquímica do campus de Sorocaba (SP) da Universidade Federal de São Carlos (Ufscar) participam de uma pesquisa inédita que estuda as propriedades da substância responsável pelas luzes emitidas pelos vagalumes.
O bioquímico Vadim Viviani, responsável pelo estudo, e uma equipe de cientistas conseguiram isolar o material genético da parte brilhosa do inseto e multiplicar a enzima presente nela, chamada de luciferase, por meio de clonagem.
A substância retirada pode ser usada para diversas finalidades, como identificar doenças, indicar metais tóxicos nas águas, medir o efeito de certo medicamento no organismo, entre outros.
Estudo analisa propriedades da luz emitida por vagalumes no combate de doenças
"Elas podem ser usadas para detectar contaminações microbiológica de alimentos e bebidas pelas indústrias. Pode ser usada também para marcar células cancerígenas ou até bactérias e vírus patogênicos como, por exemplo, o da Covid-19. E, a partir disso, podemos desenvolver drogas mais efetivas", explica Vadim.
Além disso, os pesquisadores descobriram que os vagalumes encontrados em Sorocaba possuem um brilho mais forte e que consegue ser mais duradouro se comparado a outros vagalumes.
Outro diferencial da pesquisa feita em Sorocaba é a variação das cores que os insetos brasileiros proporcionam. A enzima luciferase amarela, por exemplo, vem da Serra do Mar, em Boracéia (SP). Já a vermelha foi coletada de uma larva do Cerrado e é a única da espécie a emitir luz dessa cor.
A verde, no entanto, bem mais luminosa que as outras, é de um vagalume encontrado no próprio campus da Ufscar.
Estudo da UFSCar analisa propriedades da luz emitida por vagalumes na identificação e no combate de doenças
TV TEM/Reprodução
"O comercial é intenso e brilha bastante, mas cai rapidamente. No nosso caso, usamos uma enzima modificada e que tem um brilho mais constante, então temos mais tempo para fazer ensaios em anticorpos, por exemplo", diz.
A pesquisa de Vadim tem a contribuição de Paulo Lee Ho, pesquisador do Instituto Butantan. Com a parceria, foi possível ter acesso a proteínas de bactérias que são capazes de se ligar com a enzina dos vagalumes. Dessa forma, tem-se mais precisão e sensibilidade nos diagnósticos de doenças.
"Ela tem a capacidade de se ligar aos anticorpos. Como está ligado à luciferase, temos a condição de revelar essa interação antígeno-anticorpo, que emite luz. Com isso, conseguimos saber se esse indivíduo possui anticorpos contra a Covid, por exemplo", afirma o pesquisador.
Uso na nanotecnologia
Bioquímico Vadim Viviani é o responsável pelo estudo, que analisa propriedades da luz emitida por vagalumes na identificação e no combate de doenças
TV TEM/Reprodução
O trabalho feito pelos pesquisadores de Sorocaba, que consegue detectar certas patologias pela enzima dos vagalumes, também vai contribuir para aperfeiçoar técnicas da nanotecnologia em uma pesquisa desenvolvida na Universidade Federal do ABC. O material luminoso para isso é produzido na Ufscar.
"Podemos aprimorar esse sistema de detecção para uma dosagem menor de reagentes, volume menor de plasma, melhor especificidade. O que torna essa detecção mais eficiente", explica a pesquisadora da UFABC, Iseli Nantes.
De acordo com Vadim, algumas universidade já usam a enzima do vagalume para os experimentos internos. No entanto, a expectativa da equipe de Sorocaba é que o estudo possa virar kits para uso comercial.
O pesquisador explica que isso pode ser até cinco vezes mais barato do que trazer kits importados de outros países. "Nós produzimos nosso próprio kit, nosso próprio ensaio, que é equivalente ou até mais eficiente que o kit comercial", diz.
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Fonte: https://g1.globo.com/sp/sorocaba-jundiai/noticia/2021/08/28/estudo-da-ufscar-sorocaba-analisa-substancia-luminosa-de-vagalumes-em-identificacao-e-combate-de-doencas.ghtml
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